sexta-feira, 4 de abril de 2008

Videogames servirão de teste para autismo e dislexia

Por Lisa Baertlein
Da Reuters, em Los Angeles

O executivo Bernard McCrory sabe o que acontece quando o autismo ataca, por isso sua empresa, a Learning for Children, decidiu vender videogames que dão às crianças a ajuda que precisam. Enquanto as crianças jogam, a tecnologia de teste da empresa busca sinais de autismo e dislexia.

Os pais, preocupados com a sensação de que existe algo de errado com seus filhos, pois eles evitam o contato visual, reagem de maneira extrema a mudanças de rotina ou demonstram dificuldade para aprender palavras ou frases, podem usar os resultados dos testes para planejar o próximo passo.

A neta de McCrory jogou o videogame da empresa, e foi diagnosticada com uma forma amena da Síndrome de Asperger, que se enquadra na gama de distúrbios associadas ao autismo.

"Nós realmente estamos sinalizando que pode haver um problema, aqui", disse McCrory, que ajudou a desenvolver a tecnologia de testes na Caliber Learning Network, joint venture entre a Sylvan Learning Systems e a MCI.

Ele e outros executivos mantiveram a tecnologia depois da abertura de capital do grupo, em 1999, e investiram cerca de US$ 2 milhões no software.

O autismo é um distúrbio neurológico que causa dificuldades amenas ou severas de desenvolvimento e que, de acordo com a organização Autism Speaks, atinge uma em cada 150 pessoas.

A empresa informou que seus jogos não substituem diagnósticos e testes médicos, que podem custar alguns milhares de dólares. As versões do jogo para uso residencial e em sala de aula custam respectivamente US$ 50 US$ 99.

As crianças autistas frequentemente têm problemas com as relações espaciais e, no jogo, terão dificuldades em identificar com que mão um personagem está segurando um objeto. Elas muitas vezes são muito boas em antecipar que número virá a seguir em uma sequência.Jovens que sofrem de dislexia, distúrbio de aprendizado que afeta a capacidade de leitura, terão dificuldades para formar palavras com letras embaralhadas, ou de associar a imagem de um gato à palavra "gato".


Fonte: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/reuters/2007/05/11/ult3949u1544.jhtm

Caso se torne mais acessível, tal jogo pode se tornar um facilitador ao educador que pode ter alunos com autismo ou com dislexia em sala de aula, para que possa encaminha-lo ao tratamento adequado.

Nenhum comentário: